quarta-feira, 20 de novembro de 2013

As cores no Design Gráfico

    

  Dentre os meios de comunicação humana, o visual é o único que não possui um conjunto de critérios definidos. Diante do desafio do alfabetismo visual vem sendo mantida uma postura de ignorância do assunto.

  No design gráfico a cor é fundamental, quando bem usada torna-se um grande atrativo e proporciona muita eficácia na comunicação visual. Porém muitos profissionais e estudantes desconhecem essa importância e escolhem as cores levando em conta apenas o seu senso estético. 
  As cores podem transmitir informações através de várias associações como: psicológica, fisiológica e sinestésica. Muitas dessas influências cromáticas são universais, outras estão relacionadas diretamente com a história pessoal, lembranças passadas, inconsciente coletivo etc. O psicólogo alemão Wundt estabeleceu a divisão fundamental das cores em quente e frias. As cores quentes são  psicologicamente dinâmicas e estimulantes. Sugerem vitalidade, alegria, excitação e movimento. As cores frias são calmantes, tranquilizantes, suaves e estáticas.
  A cor não intervém somente por si própria, mas também conforme a sua “situação”. Uma cor só é chocante quando está dissociada e sem relação com as que a rodeiam. O contraste por exemplo, é um poderoso instrumento de expressão, o meio para intensificar e simplificar a comunicação. Ele dramatiza o significado através de formulações opostas. Essa força oposta desequilibra, aguça, choca, estimula, chama a atenção. O contraste é a ponte entre a definição e compreensão das ideias visuais, no sentido de tornar mais visíveis as ideias, imagens e sensações.

  Em qualquer criação, impressa ou não, a função da cor deveria ser levada mais a sério e usada adequadamente pelos designers gráficos. Existem diversos pontos a serem observados, como por exemplo: a relação da cor com o tema e a ordem de  leitura desejada naquela página. Entre muitos outros. A relação entre a cor e o tema ajuda a construir melhor a mensagem no cérebro, por onde passa por um conjunto de associações inconscientes que podem aumentar ou diminuir o entendimento, a assimilação e as sensações e reações dos leitores. Quanto a relação entre a ordem de leitura desejada, a cor pode ser responsável pela escolha de qual matéria será lida primeiro, qual imagem será mais bem recebida e memorizada etc.
 
  Muitos acham que se escolhe as cores simplesmente pelo gosto pessoal ou combinação estética, mas não, essa escolha deveria ser  muito mais criteriosa. Deve-se levar em consideração vários pontos. Alguns deles são: perfil do público alvo, objetivo da publicação no mercado, projeto editorial da publicação, entre outros, para então escolher cores que tenham associações psicológicas, fisiológicas ou sinestésicas de acordo com os objetivos desejados.
  A sintaxe visual existe, e é muito complexa. Existem  linhas  gerais para a criação de  composições. Há elementos básicos que podem ser aprendidos e que podem ser usados, em conjunto com técnicas manipulativas, para a criação de mensagens visuais claras. O conhecimento de todos esses fatores pode levar a uma melhor compreensão das mensagens visuais.

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